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Chega ao fim a 2ª edição do curso Maria da Penha vai à escola

25/09/2023

Terminou na terça-feira 19/9 a segunda edição do curso "Maria da Penha vai à escola", no Pró-Saber. O curso é voltado para a formação de professoras, professores e demais profissionais que trabalham em escolas na prevenção e no combate à violência contra a mulher e, de forma inédita, estende essa formação a profissionais da Educação Infantil, com objetivo de colaborar para a construção de uma convivência harmônica, respeitosa e alegre entre meninas e meninos desde sempre.

O curso é inspirado no programa “Maria da Penha vai à Escola”, desenvolvido desde 2014 pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que tem sido implementado em diversos estados brasileiros, com o intuito de divulgar nas escolas a lei que coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher. A coordenação é da doutora em Psicologia Cecília Teixeira Soares, que, em parceria com o Pró-Saber,  idealizou o projeto e conduziu uma turma piloto em 2022, formada por ex-alunas do Curso Normal Superior. O encerramento dessa primeira edição foi feito em evento conjunto com o Grupo Mulheres do Brasil RJ.

Na edição 2023, o curso teve o apoio da Firjan/SESI e atendeu a escolas do Distrito de Educação Botafogo. Participaram 20 alunas de cinco escolas: CEPAC - Centro Educativo Padre Agostinho Castejon, Obras Sociais Unidas de Santa Marta, CIEP Presidente Agostinho Neto, EDI Marechal Hermes e Escola Eleva Botafogo. Foram seis encontros, com carga horária total de 20 horas, que abordaram questões ligadas ao cotidiano das escolas, como a discussão sobre a existência de brincadeiras “de meninas” e “de meninos” e orientação específica sobre prevenção e enfrentamento da violência contra a mulher, com profissionais especializadas especialmente convidadas:

Apresentação da Lei 11.340/06 – Lei Maria da Penha – pela Procuradora de Justiça Carla Araujo;

“Tecendo a Rede” – encontro com profissionais da Rede de Serviços de Atendimento à Mulher;

- Centros Especializados de Atendimento à Mulher – Psicóloga e Diretora do CIAM Marcia Lyra Cristina Fernandes;

Patrulha Maria da Penha – Major Bianca Neves.

Na aula de encerramento, as alunas, divididas em quatro grupos, apresentaram suas propostas e experiências de atividades em sala de aula e, também, em reuniões de responsáveis. Com alegria e criatividade, elas mostraram como é fértil o campo para construir desde cedo uma cultura de convivência saudável entre os gêneros.

Um dos grupos relatou que em uma turma de maternal e pré-escola foram oferecidas fantasias e brinquedos “de menino” e “de menina” para as crianças escolherem. As meninas não se limitaram às bonecas e panelinhas, quiseram também bola, carrinho e fantasia de Tartaruga Ninja. E os meninos adoraram ficar “cuidando de neném”. Outro apresentou a ideia de colocar em discussão em turma do 4º ano os super-heróis atuais, que são bem diferentes daqueles da geração das professoras, inclusive no relacionamento com as mulheres, que deixaram de aparecer como frágeis e submissas. Mary Jane, a namorada do Homem Aranha, atualmente é negra, nerd e não precisa mais de proteção apenas por ser mulher. Um terceiro contou que em uma roda de crianças de 3 anos, foi proposto que cada uma dissesse o que não gosta que façam com ela. A resposta mais frequente foi: “Não gosto de mordida.”

Para Cecília Soares, foi mais uma experiência muito rica e gratificante. “Essa é a verdadeira prevenção primária da violência”, resume. 

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