Conversa sobre memória com a professora Margarida Neves
10/08/2023A noite da quinta-feira 9 de agosto foi especial para o Pró-Saber, que teve a alegria de receber a professora Margarida de Souza Neves para uma rica e deliciosa conversa sobre o tema da memória. Mais de 130 pessoas participaram da conversa, que durou 180 minutos sem que ninguém sentisse o tempo passar. Margarida, professora emérita de História da PUC-RJ, falou para uma plateia formada em sua maioria por estudantes (do Curso Normal Superior e da Pós-Graduação) e professores do Pró-Saber, que têm nesse tema um interesse especial e participaram atenta e animadamente da apresentação.
A professora escolheu sete autores para guiar junto com ela um passeio por conceitos fundamentais desse assunto: o historiador e filósofo italiano Paolo Rossi, o historiador francês Jacques Le Goff, o geógrafo inglês David Lowenthal, o antropólogo brasileiro Gilberto Velho, o filósofo e linguista búlgaro Tzvetan Todorov, a filósofa e escritora suíça-canadense-brasileira Jeanne-Marie Gagnebin e a professora e escritora brasileira Conceição Evaristo.
De Le Goff, trouxe o mote principal: “O conceito de memória é crucial”. Crucial no sentido de “local” de muitos cruzamentos: simbólico e material, informação e ocultamento paixão e interesse razão e emoção, palavras e silêncios, coletivo e individual. Le Goff traz também a noção de que memória é poder. Tanto que ao longo da História, a grande preocupação das classes, grupos e indivíduos que dominaram e dominam as sociedades é tornarem-se “senhores da memória e do esquecimento”.
Abaixo, outros destaques:
"Ao meu neto Andrea, na esperança de que a vida lhe ensine a lembrar e a esquecer na justa medida." (Paolo Rossi, em dedicatória a Andrea, que acabara de nascer, no livro “O passado, a memória, o esquecimento)
“O passado é um país estrangeiro.” (David Lowenthal, autor de “Como conhecemos o passado”)
“Recuperar o passado é indispensável, o que não significa que o passado deva regr o presente, mas, ao contrário, que este fará do passado o uso que preferir.” (Tzvetan Todorov, autor de “Los abusos de la memoria)
“Invento sim, sem nenhum pudor” e “As histórias são inventadas, mesmo as reais, quando contadas.” (Conceição Evaristo, autora de “Becos da Memória”)
“Convide sua memória para dançar um frevo com você!” (Margarida Neves, dirigindo-se a uma das pessoas da plateia na noite da quinta-feira)
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